terça-feira, 30 de novembro de 2010

O homem, esse desconhecido

Alex Carrell escreveu um livro com este título, “o homem, esse desconhecido”. O homem conhece o mundo ao seu redor, mas não conhece a si mesmo. Explora o espaço sideral, mas não viaja pelos labirintos da sua alma. Investiga os segredos da ciência, mas não ausculta seu próprio coração. A pergunta do salmista ainda ecoa nos nossos ouvidos: “Que é o homem?” (Sl 8.4). As respostas foram muitas: “O homem é um bípede depenado”; “o homem é a medida de todas as coisas”; “o homem é um caniço agitado pelo vento”. O rei Davi, respondeu a essa pergunta de forma magistral: “Fizeste-o [...] por um pouco menor do que Deus, e de glória e de honra o coroaste. Deste-lhe domínio sobre as obras da tua mão e sob seus pés tudo lhe puseste” (Sl 8.5,6). O homem foi criado por Deus e criado para ser o gestor da criação. A origem do homem está ancorada em Deus e seu propósito é ser co-regente de Deus, como mordomo da criação. Destacamos, aqui três verdades sublimes acerca do homem.

1. O homem é a imagem de Deus criada. O homem não veio à existência por geração espontânea nem por um processo evolutivo de milhões e milhões de anos. Nossa origem não está ligada aos símios; nossa gênese está ligada a Deus. Fomos criados por ele e somos à semelhança dele. O homem é a coroa da criação de Deus. Foi criado um pouco menor do que Deus e coroado de glória e honra. Somos um ser físico e espiritual. Temos um corpo e uma alma. Podemos amar a Deus e adorá-lo. Podemos conhecê-lo e responder ao seu amor. Nenhum outro ser tem essa característica. Os anjos são espíritos, mas não tem corpos. Os animais têm corpos, mas não têm espírito. Temos corpo e espírito. Somos a imagem de Deus criada.

2. O homem é a imagem de Deus deformada. O pecado entrou na história humana com a queda dos nossos primeiros pais. O pecado atingiu todo o nosso ser, corpo e alma; razão, emoção e vontade. O pecado não destruiu à imagem de Deus em nós, mas a deformou. Agora, não podemos ver, com diáfana clareza, a imagem de Deus no homem, pois o pecado a desfigurou. Somos como uma poça de água turva. A lua com toda a sua beleza ainda está refletindo, mas não conseguimos ver essa imagem refletida; não porque a lua não esteja brilhando, mas porque a água está suja. A corrupção do pecado atingiu todos os homens e o homem todo. Todos os homens pecaram e o homem é todo pecado. Não há parte sã em sua carne. Tudo foi contaminado pela mancha do pecado.

3. O homem é a imagem de Deus restaurada. O homem criado e caído, é agora restaurado. Essa restauração, porém, não é autoproduzida. Ela não vem do próprio homem, vem de Deus. É Deus mesmo quem tomou a iniciativa de restaurar sua imagem em nós. E como Deus fez isso? Enviando seu Filho ao mundo! Ele é a imagem expressa e exata de Deus. Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade. Jesus veio ao mundo para nos trasladar do império das trevas para o reino da luz. Ele veio para nos tirar do calabouço da escravidão para a liberdade. Ele veio para nos arrancar das entranhas da morte para a vida. Em Cristo temos perdão, redenção e restauração. Por meio de Cristo somos feitos filhos de Deus e herdeiros de Deus. A imagem de Deus criada e, deformada pelo pecado, é restaurada por Cristo. Pela operação da graça, nascemos de novo, nascemos de cima, nascemos do Espírito e somos co-participantes da natureza divina. A glória e a honra perdidas na queda são agora restauradas na redenção!



Rev. Hernandes Dias Lopes

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Reavivamento, obra soberana de Deus

Reavivamento é uma obra soberana de Deus. A igreja não produz reavivamento; ela o busca e prepara seu caminho. A igreja não agenda reavivamento; ela ora por ele e aguarda sua chegada. Reavivamento não é estilo de culto, nem apenas presença de dons espirituais ou manifestações de milagres. O Salmo 85 trata desse momentoso assunto de forma esclarecedora. O salmista pergunta: “Porventura, não tornará a vivificar-nos, para que em ti se regozije o teu povo?” (Sl 85.6). Dr. Augustus Nicodemus, em recente mensagem pregada em nossa igreja, ofereceu-nos quatro reflexões acerca do versículo em epígrafe.

1. Reavivamento é uma obra de Deus na vida do seu povo. Reavivamento não acontece no mundo, mas na igreja. É uma intervenção incomum de Deus na vida do seu povo, trazendo arrependimento de pecado, volta à Palavra, sede de santidade, adoração fervorosa e vida abundante. Reavivamento começa na igreja e transborda para o mundo. O juízo começa pela casa de Deus. Primeiro a igreja se volta para Deus, então, ela convoca o mundo a arrepender-se e voltar-se para Deus.

2. Reavivamento é uma obra exclusiva de Deus. Os filhos de Coré clamaram a Deus por reavivamento. Eles entenderam que somente Deus poderia trazer à combalida nação de Israel um tempo de restauração. Nenhum esforço humano pode produzir o vento do Espírito. Nenhuma igreja ou concílio pode gerar esse poder que opera na igreja um reavivamento. Esse poder não vem da igreja; vem de Deus. Não vem do homem; emana do Espírito. Não procede da terra; é derramado do céu. Laboram em erro aqueles que confundem reavivamento com emocionalismo. Estão na contramão da verdade aqueles que interpretam as muitas novidades do mercado da fé, eivadas de doutrinas estranhas às Escrituras, como sinais de reavivamento. Não há genuína obra do Espírito contrária à verdade revelada de Deus. O Espírito Santo é o Espírito da verdade e ele guia a igreja na verdade. Jamais ocorreu qualquer reavivamento espiritual, produzido pelo Espírito de Deus, dentro de seitas heterodoxas, pois Deus não age contra si mesmo nem é inconsistente com sua própria Palavra.

3. Reavivamento é uma obra extraordinária de Deus. O reavivamento não é apenas uma obra de Deus, mas uma obra extraordinária. É uma manifestação incomum de Deus na vida do seu povo e através do seu povo. Deus pode fazer mais num dia de reavivamento do que nós conseguimos fazer num ano inteiro de atividades, estribados na força da carne. Quando olhamos os reavivamentos nos dias dos reis Ezequias e Josias, vemos como o povo se voltou para Deus e houve júbilo e salvação. Quando contemplamos o derramamento do Espírito no Pentecostes, em Jerusalém, vemos como a mensagem de Pedro, como flecha, alcançou os corações e quase três mil pessoas se agregaram à igreja. Quando estudamos o grande reavivamento inglês, no século dezoito, com John Wesley e George Whitefield constatamos que uma nação inteira foi impactada com o evangelho. O mesmo aconteceu nos Estados Unidos no século dezenove e na Coréia do Sul no século vinte. O reavivamento é uma obra incomum e extraordinária de Deus e nós precisamos urgentemente buscar essa visitação poderosa do Espírito Santo na vida da igreja hoje.

4. Reavivamento é uma obra repetida de Deus na história. É importante entender que o Pentecostes é um marco histórico definido na história da igreja. O Espírito Santo foi derramado para estar para sempre com a igreja e esse fato é único e irrepetível. Porém, muitas vezes e em muitos lugares, Deus visitou o seu povo com novos derramamentos do Espírito, restaurando sua igreja, soprando sobre ela um alento de vida e erguendo-a, muitas vezes, do vale da sequidão. Nós precisamos preparar o caminho do Senhor e orar com fervor e perseverança como o salmista: “Porventura, não tornarás a vivificar-nos, para que em ti se regozije o teu povo?” O reavivamento é uma promessa de Deus e uma necessidade da igreja. É tempo de clamarmos ao Senhor até que ele venha e restaure a nossa sorte!

Hernandes Dias Lopes
Site Palavra da Verdade

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Reforma, uma necessidade constante

A Reforma não foi um desvio do cristianismo primitivo, mas uma volta a ele. A igreja havia se desviado das veredas da verdade e a Reforma foi um movimento para colocar a igreja de volta nesses trilhos. Um dos lemas da Reforma era: “Igreja Reformada, sempre reformando”. O que isso significa? Não significa certamente que a igreja precisa ir se amoldando à cultura prevalecente de cada época e sim que a igreja precisa voltar-se continuamente às Escrituras para não se conformar com a cultura prevalecente de cada época. Não é a cultura que julga as Escrituras, mas as Escrituras que julgam a cultura. O primeiro pilar da Reforma foi “Só as Escrituras”.

Muitas igrejas herdeiras da Reforma, seduzidas pelo encanto das filosofias engendradas pelo enganoso coração humano, afastaram-se daquelas verdades essenciais da fé cristã e capitularam-se às novidades heterodoxas. Queremos, aqui, apontar alguns desses desvios:

1. A doutrina sem vida. A Reforma trouxe não apenas uma volta à Palavra, mas, também, uma volta à piedade. Uma das exigências dos puritanos era: doutrina pura e vida pura. Não podemos separar a doutrina da vida, a teologia da prática, a ortodoxia da piedade. A vida piedosa é consequência da sã doutrina. Uma igreja trôpega na Palavra jamais estará na vanguarda da luta pelo restabelecimento dos valores morais absolutos.

2. A vida sem doutrina. Se a doutrina sem vida deságua em racionalismo estéril, a vida sem doutrina desemboca em misticismo histérico. Esse foi o equívoco do Pietismo alemão do século dezoito, que cansado da doutrina sem vida, foi para o outro extremo e pleitiam vida sem doutrina e acabou caindo num experiencialismo heterodoxo. Há muitos indivíduos que, em nome da fé evangélica, deixam de lado as Escrituras e buscam uma espiritualidade edificada sobre o frágil fundamento das emoções. Buscam experiência e não a verdade. Buscam uma luz interior e não a luz que emana da verdade de Deus. Correm atrás de gurus espirituais, guias cegos, que arrastam consigo, para o abismo do engano, seus incautos seguidores.

3. O liberalismo teológico. O liberalismo teológico nasceu do ventre do racionalismo iluminista. O homem, cheio de empáfia, decidiu que só poderia aceitar como verdade o que a razão humana pudesse explicar. O resultado imediato foi a negação das grandes doutrinas do cristianismo como a criação, a redenção e a ressurreição. A Bíblia foi retalhada, mutilada e torcida. Os seminários que outrora formaram teólogos de renome e missionários comprometidos com a evangelização dos povos foram tomados de assalto por esses liberais e muitos pastores formados nesses seminários despejaram esse veneno mortífero dos púlpitos nas igrejas e o rebanho de Deus, desorientado e faminto do pão da Vida, foi disperso. Há milhares de igrejas mortas pelo mundo afora, vitimadas pelo liberalismo teológico. Precisamos entender que a verdade de Deus é inegociável. A igreja que abandona a sã doutrina morre.

4. O sincretismo religioso. O Brasil é um canteiro fértil onde floresce o sincretismo religioso. Mais e mais igrejas aderem a essa prática para atrair pessoas. Templos lotados e multidões sem conta se acotovelam em grandes concentrações públicas para buscar um milagre, uma cura ou uma experiência que lhes mitigue a angústia, que só o evangelho de Cristo pode oferecer. Precisamos de uma nova Reforma que traga de volta a igreja para a Palavra. Precisamos de seminários que não se dobrem à sedução dos liberais nem se entreguem ao pragmatismo ávido por resultados. Precisamos de pastores que amem a Cristo e sejam fiéis às Santas Escrituras para alimentar o rebanho de Deus com o trigo da verdade em vez de empanturrá-lo com a palha do sincretismo religioso. Precisamos de uma igreja bíblica, viva, santa, cheia do Espírito, alegre, vibrante e operosa. Uma igreja herdeira da Reforma e continuadora da Reforma!

Rev. Hernandes Dias Lopes

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Um alerta de Deus ao seu povo

É Deus quem está falando e falando desde os céus. Salomão está consagrando o templo de Jerusalém, quando escuta este alerta de Deus: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (2Cr 7.14). Destacamos, aqui, algumas importantes lições:

1. O povo de Deus precisa se humilhar. A restauração que vem de Deus e emana dos céus começa quando o povo de Deus se humilha. O mundo é impactado e os corações são alcançados quando o povo de Deus se prostra e se humilha sob a mão do Altíssimo. Antes da igreja chamar o mundo ao arrependimento, ela precisa se humilhar diante de Deus. O juízo começa pela Casa de Deus. A igreja só pode levantar-se diante dos homens quando primeiro se prostra diante de Deus. Nada pode ser mais contraditório que um crente soberbo. A soberba é a porta de entrada da ruína. Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.

2. O povo de Deus precisa buscar a Deus em oração. Quando o homem reconhece sua fraqueza ele confessa a onipotência divina. Só quando nos humilhamos diante de Deus é que aprendemos a verdadeira essência da oração. É o reconhecimento da nossa fragilidade que nos impulsiona a orar. Aqueles que se humilham diante Deus, também o buscam de todo o coração. Aqueles que choram pelos seus pecados, também oram com fervor. A restauração divina vem dos céus sobre uma igreja que ora. A oração abre o caminho da cura, pavimenta a estrada do avivamento e abre as comportas da restauração. Os avivamentos sempre foram precedidos por oração. Mas, que tipo de oração? Não uma oração centrada no homem. Oração não é prioritariamente buscar as bênçãos de Deus, é buscar o Deus das bênçãos. Orar é deleitar-se em Deus por quem ele é mais do que buscá-lo pelo que ele dá. O alvo principal da oração é comunhão com Deus. É deleite em Deus. Orar é intimidade com Deus. É na presença de Deus que existe plenitude de alegria e só na sua destra há delícias perpetuamente.

3. O povo de Deus precisa se converter dos seus maus caminhos. Não poucas vezes o povo de Deus envereda-se por atalhos perigosos, por descaminhos escabrosos e desvia-se das veredas da justiça. Quando aqueles que conhecem a Deus desviam-se da verdade, caem na iniquidade, e praticam os mesmos pecados daqueles que não o conhecem, tornam-se pedra de tropeço, embaraço para os incrédulos e motivo de escândalo no mundo. A igreja de Deus é convocada pelo próprio Deus a voltar suas costas para o pecado e converter-se dos seus maus caminhos. Como resultado do arrependimento da igreja, Deus promete ouvir seu clamor e sarar a sua terra. A santidade é o segredo da vitória na oração e a vitória na oração é o segredo do avivamento e, o avivamento traz restauração para a igreja e salvação para o mundo.

Rev. Hernandes Dias Lopes

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Uma infeliz verdade

Acredita-se que no mundo existam cerca de 10 mil “apóstolos”. Na verdade, nunca se viu tantos apóstolos como neste inicio de século. Em cada canto, em cada esquina, em cada birosca encontramos alguém reivindicando o direito de ser chamado de apóstolo. Junta-se a isso, o fato de que com o surgimento deste tipo de "ministério" surge a reboque o aparecimento de inúmeras heresias. Isto sem falar é claro, na ênfase que estes profeteiros dão ao dinheiro. Veja por exemplo o apóstolo Silvio Ribeiro de Porto Alegre, que usa $ no cinto da calça. Pois é, sinceramente confesso que eu gostaria de saber porque o "apóstolo" Silvio usa um $ no cinto da calça! Será que é um tipo de decreto espiritual para atrair riquezas e prosperidade? Ou será tipo de "mandinga gospel"?

Fico a pensar como seria se Pedro, Paulo e Tiago e os demais apóstolos vivessem entre os "apóstolos" do século XXI. Possivelmente seriam estigmatizados, desqualificados e repudiados por sua incapacidade em realizar ou decretar atos sobrenaturais de fé, como também confrontados pelos profetas da confissão positiva pelo fato de terem fracassado financeiramente.

Caro amigo, por favor, pare, pense e responda: Por acaso eram os apóstolos ricos? Possuíam eles as riquezas deste mundo? Advogaram o ensino de que todo discipulo de Cristo deve ser rico? Ora, se fosse realmente verdade o que ouvimos e lemos dos bispos, apóstolos, paipostolos e mercadores da fé que Deus quer que os seus filhos tenham sucesso e riquezas, então porque Ele não fez que Jesus nascesse numa família extremamente rica? Porque então Ele não escolheu doze apóstolos milionários, ou pelo menos não lhes conferiu riquezas? Não seria muito mais fácil conquistar o mundo assim?

Prezado leitor, vamos combinar uma coisa? Os apóstolos modernos fundamentam suas doutrinas em pressupostos absolutamente anti-bliblicos. Para justificarem seus gastos pomposos, afirmam que Jesus era rico, que suas roupas eram nobres, que o burrinho usado na entrada de Jerusalém era novo, e que tinha muito dinheiro na bolsa do tesoureiro.

Infelizmente diferentemente dos apóstolos do primeiro século estes falsos profetas gloriam-se de suas megas igrejas, de suas riquezas, sucessos e popularidade. Lamentavelmente essa corja religiosa se comporta como celebridades desfilando por esse "Brasil de meu Deus" com seus carros blindados, cercados de seguranças, pregando um evangelho absolutamente mercantilista.

Pois é meus amados irmãos, dias complicados os nossos! Diante do exposto acredito piamente que os conceitos pregados pelos reformadores precisam ser resgatados e proclamados a quantos pudermos. Sem sombra de dúvidas necessitamos desesperadamente de uma nova reforma, por que caso contrário a vaca vai para o brejo.

Renato Vargens (Site: http://www.pulpitocristao.com/)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O que é a igreja emergente?

Segundo o portal Igreja Emergente [www.igrejaemergente.com.br], uma igreja emergente é basicamente “um movimento cristão onde as pessoas buscam viver sua fé em um contexto social pós-moderno”. Cunhada no final da década de 90, a terminologia se aplica aquelas comunidades que tem como principal marca a propagação do evangelho dentro das diferentes culturas urbanas.

O movimento já vinha ganhando projeção no Brasil, propagado principalmente através de blogs e sites na internet, mas obteve maior impulso após a publicação do livro “Ortodoxia Generosa”, de autoria de Brian Mclaren.

Os defensores e pregadores da chamada igreja emergente possuem motivações sinceras porém, equivocadas. Como cristãos, devemos reconhecer que a igreja em algumas ocasiões hostilizou e violentou culturas ao invés de valorizá-las, e que isto de certo modo tem sido uma barreira para a pregação do evangelho. Para reparar essa situação, a igreja precisa desenvolver uma teologia que faça separação entre evangelho e cultura. Além disso, as mutações que vêm ocorrendo na sociedade pós-moderna demandam dos pastores e líderes uma revisão missiológica, reelaborando estratégias e contextualizando sua mensagem para que esta possa ser plenamente entendida pela geração emergente.

O problema é que, basicamente, as igrejas emergentes estão mais preocupadas com o ouvinte do que com a mensagem em si, e em seu desejo de pregar um evangelho que seja “aceitável” ao homem pós-moderno, acabam por negligenciar os pressupostos básicos do cristianismo, chegando mesmo a negar a literalidade do nascimento virginal de Cristo, seus milagres, a ressurreição de Jesus e a existência do inferno eterno e isto, é inaceitável.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A igreja e seu relacionamento com o mundo

Li algures que alguém foi procurar a igreja e a encontrou no mundo; foi procurar o mundo e o encontrou na igreja. A igreja é um povo chamado do mundo para ser enviada de volta ao mundo como luz do mundo. A igreja está no mundo, mas o mundo não pode estar na igreja, assim como a canoa está na água, mas a água não pode estar na canoa. Jesus, em sua oração sacerdotal falou-nos sobre essa relação da igreja com o mundo. Vamos mencionar aqui três pontos que Jesus destacou:



1. A igreja não é do mundo (Jo 17.14). “… o mundo os odiou, porque eles não pertencem ao mundo…”. A igreja de Deus não procede do mundo, por isso é odiada pelo mundo. Nascemos de cima, do alto, de Deus, do Espírito. O céu não é apenas nosso destino, mas também nossa origem. Somos estrangeiros e peregrinos no mundo. Aqui não é nosso lar permanente. Não podemos amar o mundo, pois aquele que ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Não podemos ser amigos do mundo, pois quem quiser ser amigo do mundo, tornar-se-á inimigo de Deus. Não podemos nos conformar com o mundo para não sermos condenados com o mundo. É uma tolice, portanto, pensar que vamos conquistar o mundo imitando o mundo. Devemos viver uma contracultura. Devemos viver aqui como filhos da luz, como cidadãos dos céus.



2. A igreja é guardada do mundo (Jo 17.15). “Não oro para que os tires do mundo, mas sim, que os livres do mal”. Não somos eremitas que se escondem em mosteiros. Não somos tirados geográfica e fisicamente do mundo. Somos guardados no mundo e do mundo. Nosso ministério acontece aqui. Nossa luta é travada aqui. Estando no mundo, somos a luz do mundo. Vivendo aqui, somos o sal da terra. Não somos arrancados do mundo, mas protegidos do maligno, o príncipe do mundo. O mundo sempre irá nos odiar, porque não pertencemos ao mundo como Jesus não o pertence. Porque o mundo odeia Jesus, ele também odeia a igreja, porque Jesus está na igreja e com a igreja. Não obstante, sermos alvos do ódio do mundo e dos ataques do maligno, nós não precisamos temer, pois somos guardados e protegidos por Jesus. Não estamos envolvidos numa missão de risco. Não entramos nessa peleja com a possibilidade da derrota. Já somos mais do que vencedores em Cristo Jesus. Nossa segurança está nas mãos daquele que criou o universo e sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder. Nele vivemos, nos movemos e existimos.



3. A igreja é enviada de volta ao mundo (Jo 17.18). “Da mesma maneira como me enviaste ao mundo, eu os enviei ao mundo”. A igreja não é do mundo, é chamada do mundo, é guardada do mundo, santificada no mundo e enviada de volta ao mundo como testemunha de Cristo. Assim como Jesus desceu do céu e se fez carne e habitou entre nós; assim como Ele se inseriu no meio dos homens, também, devemos estar presentes no mundo, não para sermos assimilados pelo mundo, amar o mundo, ser amigos do mundo e conformarmo-nos com ele, mas para sermos embaixadores de Deus, rogando aos homens que se reconciliem com Deus. A igreja é a agência do reino de Deus no mundo. A igreja é uma embaixada do céu na terra. O reino de Cristo não é deste mundo. O mundo vai passar e não temos aqui herança permanente. Nossa Pátria está no céu. Nossa herança está no céu. Vivemos aqui por causa da nossa missão. Nosso papel aqui é glorificar a Deus e anunciar sua glória entre as nações. Nossa missão é chamar os homens de todas as raças, povos, línguas e nações a se arrependerem e crer no Bendito Filho de Deus. Somos embaixadores de Cristo, arautos do Rei, ministros da reconciliação, portadores de boas notícias. Fomos tirados do império das trevas para sermos filhos da luz e luzeiros do mundo. Fomos arrancados da potestade de Satanás para anunciarmos ao mundo o reino da graça e o reino de glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo. Fomos desarraigados deste mundo tenebroso para proclamarmos ao mundo que Cristo morreu, ressuscitou e vai voltar em majestade e glória para julgar os vivos e o mortos.
 
Texto de Rev. Hernandes Dias Lopes

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Paul Washer - A Videira e os ramos

Não perca a oportunidade, vale muito a pena assistir...você gasta tanto tempo em sites que não te edificam. Pare e ouça a Palavra de Deus...invista seu tempo em sua vida...

Parte 1 - High Definition
Parte 2 - High Definition

domingo, 22 de agosto de 2010

SALMO 32.1-11

Ao ler este Salmo podemos extrair dele quatro mensagens de grande importância para nossa caminhada cristã. Vejamos:

1) Deus nos chama ao arrependimento (vers. 1-2)

Davi começa de maneira categórica afirmando as bem-aventuranças daqueles que são perdoados. Nos versículos 1 e 2 vemos que ele nos fala sobre o pecado coberto pela graça de Deus. Só há um que pode cobrir nosso pecado, Jesus Cristo. Para isto, é necessário que antes ele seja exposto mediante o arrependimento e confissão perante o Senhor.

2) A ausência do arrependimento abate nossa alma (vers. 3-4)

Neste trecho vemos que Davi sofreu um forte abalo emocional causado pela ausência do arrependimento e não confissão do pecado. Ele nos relata um sentimento de angústia, uma dor constante que produz em sua vida, um enorme sentimento de culpa. Só Deus pode nos absolver nesta causa, volte-se ao Senhor, livre-se da culpa.

3) Arrependimento e confissão, a conquista do perdão (vers. 5)

Aqui extraímos uma grande lição, os mandamentos estão escritos e Deus nos orientou perfeitamente acerca da nossa conduta. A atitude da confissão pós arrependimento deve partir de nós. Deus é perdoador, Ele nos ama, nos quer perto dele, mas precisamos reconhecer nossa natureza, falha e enganosa, nossa situação pobre e pecadora.

4) A felicidade do homem perdoado (vers. 6-11)

Observamos claramente neste trecho a alegria de Davi após se abrir com Deus, expondo seus atos pecaminosos. Como complemento deste comentário quero citar I João 1.9 onde lemos "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça".

Graças a Deus por nos amar tanto, de tal maneira que podemos nos reconciliar, voltar a ter o privilégio de nos relacionarmos com Ele. Volte-se ao Senhor, Ele te espera com alegria como Jesus nos relata na parábola do filho pródigo, haverá certamente uma festa no céu.

No Senhor,

Daniel Andrade

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A oração do Filho ao Pai

Texto Base: João 17.1-26

Ao ler esta passagem devemos ficar ainda mais apaixonados por Jesus. Momentos antes de sua prisão, as portas do início do todo o Seu sofrimento, a beira de caminhar pela via dolorosa, Ele intercede pelos discípulos que estavam com Ele e por nós, onde no versículo vinte, ele estende o pedido a igreja que ainda virá. Em uma rápida exposição das escrituras, pretendo mostrar aos irmãos, os detalhes desta linda oração de Jesus.

1) Jesus pede ao Pai que o glorifique (17.1-5)

Neste momento Jesus passa da comunhão que Ele tem com seus discípulos para a comunhão com seu Pai, em favor deles. Até o presente momento, Jesus tinha glorificado seu Pai na terra sendo obediente em executar sua vontade. Ele consagra toda a sua obra terrena e se prepara para glorificar o Pai fazendo sua vontade, no seu último ato de obediência terreno, a morte na cruz.

2) A santificação da igreja (17.6-19)

Agora Jesus ora especificamente para seus discípulos. Ele cessa sua oração pelo mundo não porque não se preocupa com ele; na verdade Ele é o salvador do mundo. Todavia, a salvação do mundo depende do testemunho daqueles que o Pai tirou do mundo para lhe dar, e são eles que precisam da sua intercessão neste sentido. Jesus faz três pedidos: 1) Proteção para os discípulos; 2) Que a mesma alegria que Ele tinha no Pai os discípulos a tenham; 3) Por livramento no mundo, não do mundo.

3) A unificação da igreja (17.20-26)

Em sua petição final, Jesus ora pela unidade de todos os cristãos das gerações subsequentes e isso, inclui nossas vidas. A unidade que Ele pede não é institucional, mas sim espiritual, que será manifestada visivelmente na vida da igreja e testemunhará sobre a missão divina de Cristo. A unidade da igreja glorifica o nome de Jesus.

Glórias a Deus pela Sua palavra!

Que Jesus os abençoe e os guarde, sempre.

Daniel Andrade

terça-feira, 10 de agosto de 2010

A oração move o coração de Deus!


  Em 1 Samuel capitulo 1, vemos a historia de Ana esposa de Elcana. Ana era uma mulher muito amada pelo seu marido porém, ela enfrentava um problema muito grande, ela era estéril. O maior sonho do coração de Ana era gerar um filho homem, e Deus, conhecendo o coração de Ana, naquele dia quando ela expôs os seus sentimentos ao Pai, ela confiou totalmente no poder de Deus e o Senhor, concedeu o desejo do seu coração. De uma mulher estéril nasceu um grande profeta do Senhor chamado Samuel e, toda sua vida foi consagrada a Deus!
  Ana foi honrada pelo Senhor quando ela abriu o seu coração e se entregou nas mãos do Único que poderia mudar a história dela!
  Seja como Ana, confie inteiramente no Senhor porque dele vem todas as coisas. Escreva seu pedido de oração para que o ministério I.B da Fé possa orar juntamente com você!
 Que Deus te abençoe...

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Atos 2.14-47: O emocionante discurso de Pedro

O Espírito Santo acaba de ser derramado, a multidão estava eufórica, a promessa de Jesus havia se cumprido e, como observamos ao longo da bíblia, quando Deus mostra Seu poder é gerado na maioria das pessoas muita fé, mas em algumas, a incredulidade. Os que não entenderam o que estava acontecendo começaram a zombar dos que estavam cheios do Espírito Santo dizendo que eles estavam embriagados e Pedro, vendo isto se levanta e chama a atenção de todos para o que ele ia dizer. Nos versículos 15 ao 21, Pedro explica a todos o ocorrido citando a profecia de Joel 2.28-32 e, nos versículos 22 ao 36, ele não nos conta nenhuma novidade, com autoridade e muita paixão ele anuncia a obra redentora de Deus para nossas vidas através da justificação pela fé em Jesus Cristo. Deste discurso podemos tirar para nossas vidas algumas lições muito importantes.

1) A capacitação para a obra através da oração:

Ao ler o versículo 1 do capítulo 2, vemos que todos estavam reunidos. Mas o que eles estavam fazendo? Em Atos 1.14 vemos que todos perseveravam na oração. Os discípulos sabiam que a capacitação vem de Deus e através da oração. Precisamos aplicar este princípio em nossas vidas. Você pode estar se perguntando, como? E eu te respondo, com vida de oração. Falar com Deus pela manhã e a noite é o mínimo, se proponha a investir seu tempo na oração. Não venha dizer que seu dia é cheio demais porque fazendo isso, você estará dizendo para Deus que Ele não é prioridade em sua vida. Você tem tempo para tudo o que é importante para você, estudos, trabalho, lazer, conversar com amigos, dormir, o dia tem 24 horas, ofereça pelo menos duas para Deus.

2) A palavra de Deus sempre se cumpre:

Dos versículos 15 ao 21 vemos Pedro fazendo menção da promessa de Deus do livro Joel. Este livro foi escrito há mais de 800 anos antes de Cristo e, ainda sim, de forma poderosa e soberana, a profecia se cumpriu. Meus irmãos, creiam em Deus e em Sua palavra, por mais sem sentido que pareça e não haja lógica alguma, Ele vai se manifestar na hora certa e da maneira correta e o que Ele prometeu, se cumprirá.

3) A soberania da mensagem da cruz:

Algumas vezes quando vamos visitar ou evangelizar ficamos procurando uma mensagem para levar. Estudamos, pensamos e analisamos qual seria o tema "ideal" para entregar ao povo. Temos que partir do seguinte princípio, nós somos despenseiros de Deus, não precisamos ficar criando mensagens mirabolantes. Só há uma pessoa que é original em pregar, em ensinar e seu nome, é Jesus Cristo. Há mensagens por toda a bíblia mas, sem dúvida, a mensagem mais poderosa que temos em nossas mãos e a única capaz de levar as pessoas a verdadeira conversão é a mensagem da cruz. Em qualquer visita que você faça ou qualquer pessoa que você fale, não perca a oportunidade, faça como Pedro, apresente Jesus e seu sacrifício, chame ao arrependimento e certamente você verá o poder que há na palavra de Deus.

Jesus é conosco!

Daniel Andrade